as coisas que eu não quero...

um dia ao contar a alguém que tinha acabado de conhecer sobre este blog foi-me perguntado sobre o que é que escrevia. respondi coisas e talvez por defeito profissional fui vaga (é que ganhei o vicio de nunca responder a uma pergunta sem entender o porquê de ela me estar a ser feita). era giro que escrevesses sobre as coisas que tu não queres. volvido todo este tempo agarro essa sugestão neste post, ajustando a minha linha editorial à sugestão de tempos idos, porque a letra desta canção sintetiza o meu maior receio chegar a uma qualquer altura de vida e perceber que não fiz o suficiente para que o lamento aqui expresso seja por mim sentido.
a minha luta mais constante tem sido pertencer ao mundo dos adultos e ter tempo para não esquecer tudo o que desde sempre dá significado ao meu viver, observar o que me rodeia, dar importância às pequenas coisas, assistir ao nascer e ao por-do-sol, surpreender-me a cada momento com as novidades que sempre lá estiveram mas às quais nunca tinha dado atenção, continuar a absorver o mundo "com olhos de beatriz, de guigas ou de joão" surpreendendo-me permanentemente...
assim a coisa que eu não quero mesmo é chegar ao fim da vida e ter perdido algures no caminho o brilho no olhar, o sorriso e a vontade de aprender mais e mais com todas as pessoas que vou tendo oportunidade de conhecer...
é fácil ser feliz, menos quando é difícil!


Comentários

nanabrites disse…
ser crescido-criança ou ou pequeno-adulto é um feito que nem todos conseguem pois exige um equilíbrio mais perfeito do que viver igualzinho aos outros. por alguma razão o apelidaram de síndroma Peter Pan. porque não entendem. sorrir é próprio de criança ou pelo menos da criança que há em nós(clichet). saber apreciar a vida é próprio de quem vive e não de quem deixa passar o tempo da vida. Mas...(e há sempre um mas...) há que concretizar as coisinhas de adulto ,as RESPONSABILIDADES, se não a condição felicidade fica longe longe. e ser entendido pelos outros(os que importam) é parte do bem-estar. e confiar é mais um passo importante. a faceta de criança não pode dominar tudo se não perdmos o controlo e seremos patéticos, qual vítimas de alzeimer. a beleza disto tudo está no equilíbrio, no branco preto, na água fogo, no doce amargo, no quente frio.
disse…
as responsabilidades eu assumo, a idade também assumo, a pontualidade é o meu calcanhar de aquiles mas tenho trabalhado nisso e assumo muitos outros palavrões terminados em "ade" tão próprios do mundo dos adultos com que me debato a cada momento, mas a minha guerra comigo e com os demais é continuar a respeitar e a assumir que o melhor de mim é o sorriso e o brilho do olhar, que esses não têm idade e cabe-me a mim reinventá-los a cada o momento, tal como na crónica do lobo antunes "quando se é novo é para toda a vida"

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