sr nobre o escultor de colheres

numa das fugas nas imediações da zambujeira conheci o senhor nobre. sentado no passeio enquanto esculpia colheres e a curiosidade guiou-me até ele e a pretexto de comprar uma colher ouvi-o contar as suas histórias, enquanto de quando em quando me alertavam que se lhe desse conversa nunca mais teria a colher pronta. as estórias de amor, família, dos tempo idos, sucediam-se entre memórias, alertas, pedidos de opinião, curiosidade sobre a vida na capital, tudo porque o tempo, no meu alentejo, tem outra dimensão e ganha contornos de imensidão. pelo meio também houve silêncios, tempo para captar a essência do seu oficio num instantâneo sem ele perceber que eternizava os momentos. no final pedi-lhe um beijinhos e para tirar com ele uma fotografia, depois das muitas que já tinha tirado. mostrei-lhe o resultado e ele surpreendeu-se, penso até que se emocionou por perceber a tenção com que segui os seus movimentos enquanto esculpia a madeira! despedimo-nos com um até para o ano para novas conversas, porque ele não tem muito mais sítios para ir e eu ganhei, estas férias, muitos motivos para regressar...

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