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ainda bem que fui andar aqui no bairro hoje de manhã, senão não tinha aguentado o meu voluntariado... dado que andei cerca de 1.30 à volta à procura do sujeito por quem me voluntario, era mesmo o tempo que iria estar com ele, descontando o almoço... primeiro logo lá perto e depois fui alargando a volta em espiral tentando pensar como ele mas ainda não o conheço o suficiente...
claro que no fim da primeira volta fui abordada por um cidadão que saía de uma igreja para distribuir jornais e que me achou com ar de quem precisava de um Deus para guiar os meus passos até estava tranquila, mas as pessoas com ar tranquilo ao sábado de manhã e que andam com passo acelerado, ficam com ar de quem precisa de um guia espiritual! lá tive que dizer ao senhor que não estava interessada e que não queria o jornal ainda que fosse grátis... continuei a minha busca e mais à frente cruzei-me com uma cigana, que me achou com ar de quem precisava de uns óculos novos, dado que hoje não tinha nenhuns na cara, agradeci-lhe e disse que não precisava mas como qualquer boa cigana disse-me "mas tem medo da cigana?" disse-lhe que não, só não precisava de nenhuns óculos, nem de carteira, nem de malas, precisava era de encontrar um miúdo... "é seu filho" não é apenas um miúdo com quem trabalho, "ainda tentou "estou a ver que está sem sorte, precisa..." de encontrar o miúdo agora é mesmo isso que eu preciso, desistiu, (sou boa a fazer desistir os ciganos de me tentar dar a volta, basta tratá-los com respeito e falar de igual para igual :)) "não se preocupe vai encontrá-lo" e continuei... já quase no fim da volta que tinha decidido que era a última encontrei outros 2, reconheci-lhe o recorte mesmo de costas e fiquei contente e corri um bocadinho "vão para casa, isto é coisa que se faça, mas antes quero um beijinho", "não me toque, não dou beijinhos eu não gosto de si, não gosto de ninguém" disse-me um deles sem conseguir conter o sorriso meio aberto, "não faz mal, eu gosto de ti, mas porque é que me estás a dizer isso sem fazer cara feia, assim não me vais convencer", "nós estávamos a ir para casa, não acha?", "sim eu sei disso, mas como estava à procura de alguém e vos encontrei a vocês fiquei mais contente!"... e a caminho da casa encontrei outra pessoa que não devia estar lá mas já me é muito próxima e fomos tomar café porque é sempre bom encontrar amigos ao sábado de manhã por acaso e tomámos um café rápido... depois fomos para cima, escrevi mais umas coisinhas no bilhetinho que deixei. dei beijinhos e vim embora. ficou feita a sessão... quando cheguei cá abaixo ainda troquei umas palavras com mais um miúdo conhecido e tive que acabar com a argumentação com um "olha faz o que quiseres mas eu acho que devias ir desinfectar essas feridas e ouvir o que têm para te dizer, claro que se preocupam, és um cromo, mas eu tenho que me ir embora!"... as saudades que eu tenho de fazer isto no meu antigo trabalho e dizer 1001 vezes a mesma coisa todos os dias, para ver se lá ficava e todos os dias parecia que não ficava nada, nadinha... mas fica eles é que gostam de fingir que não!!!

ainda tenho as marcas dos tiros que levei quando fui jogar paint ball e já passou mais de um mês, a minha sorte é que uso normalmente calças, senão a quem visse de longe podia parecer que fui vitima de violência doméstica... 3 pontapés nas pernas e um agarrão no braço... eu sempre disse que aquilo não foi feito para mim, pois que é divertido sim senhor, mas é muito violento e doí :D

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